Lobo mau

Andando pela rua, em plena Av. Paulista, reconheço uma senhora de cabelos azuis e vermelhos. Deve ter uns 60 anos e provavelmente passa as tardes assistindo os programas de fofoca e anotando receitas. Olhei novamente com cuidado e o cabelo colorido não deixava dúvidas, era ela.

Abordei-a gentilmente:

"Com licença, você (peguei leve) não é aquela mulher que tirou umas fotos brincando com um vibrador vermelho?"
"C-c-como?!" - ela respondeu, com o espanto surgindo em seus olhos.
"Umas fotos. Vi na internet outro dia..."
"Hã?!" - e ficou de boca aberta.

Por um segundo pensei ter me equivocado e já olhava em volta planejando uma fuga espetacular, antes que a turba enfurecida me linchasse - ela vai dar um escândalo, pensei.

Mas tudo bem, ela sorriu e confirmou:

"Sim, sou eu. Nossa, nunca achei que fosse ser reconhecida na rua. Estou passada."

Pronto, a porta estava aberta. Cinco minutos depois eu já marcava uma pirocada com a coroa.

Sou um destemido.

E por falar em pôr atrás

Leitor mais desinformado vai estranhar a observação no último post de que antigamente se pedia para pôr atrás (ou põe por trás) quando se queria liberar o anel-de-pregas.

Carlinhos mesmo, meu sobrinho, achava que sexo anal era uma invenção moderna, coisa inventada pela Yoko Ono nos anos 70 e difundida pelos hippies. O raciocínio faz algum sentido, mas a origem do queima-rosca é muito mais antiga. Segundo a Bíblia, bundas eram comidas desde a época de ouro, digo, desde a putaria generalizada em que se tornaram as cidades de Sodoma e Gomorra (vem daí o termo sodomia, inclusive).

Quilômetros de pregas foram perdidas nessas cidades, antes que o Todo-Poderoso (não é o Jim Carrey, animal) resolvesse acabar com a farra.

Sacanagem.

Pesquisa: liberando o lado B

Adoro quando Giane me pede com voz dengosa: "Come meu bumbum?". Meu pau quase explode só de ouvir essa frase.

Aquela boca linda, de lábios macios e bem definidos, fazendo biquinho e pedindo uma coisa dessas com tanto carinho é melhor que peidar em volume 15 enquanto mija. E a voz dengosa, meus amigos... só eu e o noivo dela sabemos o que é aquela voz dengosa.

Já Roberta, irmã do meu gerente de banco, é mais categórica: "Fode meu cu! Fode meu cu!". E eu desconto naquela raba gostosa todas as taxas e juros do cheque especial que o irmão dela me cobra.

Dona Almira, mulher do zelador, pede do mesmo jeito que faziam sua mãe, sua vó e grande parte da humanidade há anos: "Põe atrás?". Dona Almira, mesmo já vazando óleo, dá a bunda como ninguém. Grande Dona Almira!

E você, considerada leitora, como pede para que lhe comam o cu?

Gorgonzola

A mulher de um amigo entortou o nariz quando, ontem, preparei um delicioso patê de gorgonzola com azeite e tomate seco.

"Ah, esse queijo é muito fedido! Não dá pra colocar isso na boca.", disse a madame.

"Minha senhora, se você tivesse chupado as bucetas que eu já chupei nessa vida, comeria isso lambendo os dedos.", retruquei.

Acho que perdi o amigo.

Pesquisa: porra ressecada

Giane, a vizinha do 215, diz que não quer mais me dar. Que o noivo flagrou sua barriga suja de esperma e papel higiênico ressecados, souvenir de nossa última traquinagem.

No que eu levanto a questão às nobres e seletas duas leitoras desse blog: como vocês limpam a porra depositada sobre vocês, meus docinhos?

Papel higiênico é prático, mas deixa pistas. Ducha nem sempre dá - aprontávamos, Giane e eu, na escadaria do prédio, enquanto Tadeu, seu noivo, a esperava em casa.

Como não mais chatear o noivo de Giane com esses pormenores?

Catchup

Catchup. Gosto muito. Os melhores são aqueles mais espessos, de um vermelho escuro, quase bordô, quase sangue. São mais saborosos, mais consistentes e, na maioria dos casos, melhora bastante o sabor desses rangos de rua. Em alguns casos, eu arrisco, é o único sabor que se aproveita.

Pago sem culpa os 15 mangos que essas luxuosas casas de hambúrguer cobram por um mixo pão-com-carne-e-queijo, só por causa da qualidade do catchup servido nesses templos da baixa gastronomia.

E o que é que catchup tem a ver com o tema do blog? É que hoje logo cedo fui botar o lixo pra fora, antes que ele dominasse por completo o apartamento. Fui até a escadaria do prédio, que é onde ficam os latões, e quando abri o primeiro dei de cara com um absorvente usado, fresquinho, o vermelho-catchup chega brilhava, dando sinais de que fora recentemente depositado ali.

Por sorte eu não havia ingerido meu nutritivo desjejum.

Considerarei a possibilidade de recontratar a empregada.

Microconto tragierótico

PÊNIS GIGANTESCO QUER CASAR

Procura-se companheira para casar que aceite marido com um pênis descomunal. Tenho boa formação, situação financeira estável e bom nível social. A única exigência é a que aceite o tamanho do meu pênis. É realmente grande. Não a aventuras.

Foi com esse anúncio que Alfredo encontrou Noemi. Casaram-se e viveram felizes até o dia em que ele pediu para comer o cuzinho.

Aprendam a cagar

Meus amigos se espantam quando vou ao banheiro cagar. Dois minutos no máximo e eu já estou de volta. De vez em quando dá um problema na conexão e o download é interrompido, mas isso é exceção.

Entro, faço meu serviço e saio. Não gosto de ficar curtindo a merda. Se é para apreciar o buquê, prefiro os peidos que antecedem o acontecimento.

Por isso nunca me perguntem que tipo de leitura eu gosto de levar para o banheiro. Não leio, até porque mal daria tempo de ler uma orelha.

Mas a grande questão aqui, o que intriga todos eles, é COMO eu consigo cagar tão caprichado em tão curto espaço de tempo. Técnica e experiência, meus amigos, que passarei a vocês aos poucos. Vão tomando nota.

Gênesis

E no início fez-se o sexo. Ou você acha que Caim e Abel foram feitos de barro também?