jair beirola

26.4.05

Jenny

Eu nunca tinha comido uma bundinha tão magra. Confesso que senti um certo receio quando a holandesa tirou a roupa. A calha que deveria haver no meio da bunda quase não existia, suas nádegas eram continuação da parte traseira das coxas. Coxas que deviam ter a medida do meu bíceps, e olha que eu não sou forte (só gostoso).

Tudo começou num café londrino, onde eu amargava uma espera de quase três horas, aguardando um inglês filho da puta que não aparecia nem a caralho. Quando vi o sorriso de Jenny numa mesinha em frente, decidi que era hora de esquecer o compromisso e cuidar um pouco do meu então carente pau.

Assim que soube que eu era do Brasil, a branquela* ficou num estado de excitação que mal podia se conter na cadeira. Picas brasileiras estão bem cotadas no mercado internacional, ao que me parece. E lá fomos nós, depois de um papo animado, para o quarto de Jenny, que dividia apartamento com uma amiga peruana.

(*Se escrevo "a crioula" ia ter uma dúzia de patrulheiros aqui me enchendo os bagos. Quero ver se assim alguém chia.)

Quando botei a gringa de quatro senti um certo remorso. Sabia que aquela carcaça não tinha preparo suficiente para segurar um Vem-Cá padrão Beirola. Me senti um criminoso, quase um pedófilo, prestes a castigar aquele corpinho mirrado, mas essa impressão foi logo eliminada assim que pedi para ver seu rosto, um rosto de mulher madura, que a essa altura estava tão vermelho de tesão que me assustou. Fechei os olhos - seja o que deus quiser - e mandei ver.

Na terceira estocada ouvi um estalo e temi pela frágil estrutura óssea da moça. Não foi nada, não foi nada, era só a cama vagabunda cedendo. Solicitei um frango assado (roast chicken, rárárá) e continuei o massacre.

Quando a coisa começou a esquentar e eu já pensava em negociar o cuzinho, toca a porra do celular. Como o telefone que eu usava era emprestado do inglês filho da puta, eu já sabia que era o mala me procurando. Resolvi aprontar.

Atendi, deixei o celular ao lado da cama e continuei a foda por mais uns vinte minutos, com o gringo escutando tudo do outro lado da linha.

Se eu soubesse que a porra estava em viva-voz na sala de reunião da editora, juro que não tinha brincado assim.