jair beirola

28.4.05

Madá

Ontem Madalena foi buscar uns DVDs lá em casa. Ela ainda acha que é hippie, sempre circulando por aí com saias e brincos enormes e sandálias de couro que deixam os dedos à mostra. Deve achar também que vive em algum acampamento udistóqui, onde a água do banho é racionada.

Bom, pra encurtar a história, tava lá comendo a riponga. Dessa vez abri mão das preliminares, como manda o bom senso numa situação dessa. E socava-lhe o pilão quando percebi um cheiro azedo. Fingi que não era ali e tome rola.

Mas aí ela resolveu ficar de quatro e me oferecer aquele olho sujo.

"Bota um dedinho no meu cu, Jair?"

Eu, que não costumo ter medo de nada, senti um arrepio. Aquele olho cheio de remela me fitando não ia dar jogo.

"Vai, Jair, brinca no meu cu. Você sabe que eu adoro."

Gente fina, subiu um vapor de merda que vou te contar. Pára tudo. Hesitei por uns cinco segundos e mandei à queima-roupa:

"Madalena, você cagou agora há pouco?"

Ela respondeu como se falasse sobre o clima lá fora:

"Antes de sair de casa, por que?"
"E por que não limpou o cu, caralho?!"

Botei a filha da puta pra correr e decidi que vou começar a filtrar minhas fodas. Perderei ótimas histórias, mas já não tenho estômago para as estripulias que encarava na juventude.