jair beirola

11.7.05

Feliz aniversário

Cíntia tinha todos os predicados que essas moças de famílias tradicionais católicas têm. Fora criada para ser esposa, amar incondicionalmente o marido, ser sua serva e cuidar da casa. Felicidade é ter uma família bem cuidada, sua mãe lhe ensinou.

O par de olhos verdes era o que mais chamava a atenção no conjunto deslumbrante que se esparramava inocentemente no sofá da sala do Matias, seu irmão e meu amigo, naquela tarde de sábado. Chacrinha buzinava os calouros e eu me perdia naquele par de pernas lisas e puras, saindo de um short infantilmente curto, que, conforme ela colocava o pé sobre a almofada onde sentava, deixava à mostra o início daquelas alvas nádegas esculpidas.

Engoli outro punhado de amendoim, limpei a garganta com mais um gole de uísque e corri para o banheiro.

Foi uma punheta sofrida, urgente, potente, tesuda, o jato bateu fazendo barulho contra a palma da minha mão sobre a pia, minhas pernas fraquejaram. Levei alguns segundos para recuperar os sentidos por completo. Lavei as mãos, o pau, a pia e enxuguei tudo com a toalha de rosto amarela.

Saí do banheiro e me despedi da família, sabendo que acabaria amando aquela mulher e que lhe ensinaria a ser a melhor das amantes que já passara pela minha cama. Mocinha de família é o caralho.