jair beirola

24.11.05

Rodeio

Havia passado incólume à febre caubói-de-rodeio que assolou o país recentemente. Mesmo com a Grobo incentivando a nação, via folhetim das oito (que começa quase dez), só fui incomodado por essa porcaria na semana passada, quando Roberta, ex-melhor amiga de minha ex-mulher, cismou que ia me levar "pra se divertir" no final de semana.

Era um rodeio.

Deixei claro que sou contra rodeios e afins. Acho que o lugar dos animais é no seu habitat natural, não dentro de uma arena montado sobre outros animais.

Mas não houve jeito, ela fez questão. Como eu também fazia questão de traçar aquela raba como nos velhos tempos, aceitei.

Depois de acompanhar por quase três horas o frenesi caipira em torno de uma arena, com toda aquela fauna de marmanjos de chapéu e calça apertada (muitos colocam uma bola de meia no saco, fiquei sabendo) e sua música insuportável, era hora de me fartar nas suculentas carnes de Betinha. Toca pra pousada.

No carro a gostosa já veio tocando uma flauta, que não sou de perder tempo. Na recepção da pousada ela deu bandeira com um peito pra fora do sutiã, o que quase quebra o clima, dado o desconforto da senhorinha que nos entregou a chave. Mas foi no quarto que ela me assustou quando começou com um papo esquisito, enquanto levava de quatro:

"Vai, meu peão, fode sua potranca! Monta na sua égua e acaba com a bucetinha dela. Meu peão do mato, meu touro bandido!"

Preciso dizer que brochei?