jair beirola

27.6.05

Dando um tapa na perseguida

Cirurgia estética vaginal: uma nova moda entre as adeptas da plástica

24.6.05

Claudemir

Já falei sobre o que aconteceu com o Claudemir? Não?

Claudemir era peludo como um cão. Suzana, com quem estava casado há 12 anos, lhe colocou um apelido íntimo que de vez em quando deixava escapar em público: cãozinho. Não se sabe se escapava mesmo ou era de propósito.

"Cãozinho, pega um refrigerante pra mim?"

Claudemir fechava a cara, percebendo pelo canto dos olhos os amigos segurando a explosão de riso, e saía do local. Não pegava merda de refrigerante nenhum, claro. Teve até uma vez em que ele foi embora da festa de aniversário da filha do Tadeu e foi aquela confusão. Só encontraram o sujeito no dia seguinte, quando ele chegou em casa bêbado sem explicar onde esteve a noite toda. A polícia já tinha sido acionada a essa altura, mas não puderam abrir um B.O. porque pedem um prazo de 24 horas a partir do sumiço do candidato a procurado. Só depois é que o infeliz é dado oficialmente como desaparecido. Mas, enfim, foi uma confusão do cacete.

Bom.

Um dia, enquanto ele lavava o carro, Suzana pediu para que Claudemir se depilasse. Tirasse tudo, ficasse liso.

"Vi um nadador na tevê e fiquei morrendo de vontade de me esfregar num corpo lisinho. Faz isso por mim, Claudemir?"

Claro que não. Como se fosse Sansão, a última coisa que ele admitiria era tirar seus pêlos. Mesmo odiando as brincadeiras e apelidos que recebia, era conhecido por causa deles. Além disso, depilação não era coisa de homem - onde já se viu uma idéia absurda dessas?

Mas Suzana sabia como infernizar a vida de um homem.

"Ai, hoje na feira tinha um rapaz desmontando a barraca de frutas. Ele estava sem camisa e, quando vi aquele peito liso, fiquei morrendo de tesão. Bem que meu maridinho podia fazer isso por mim. Faz isso por mim, cãozinho?"

E não é que o idiota fez? Com medo de que a mulher fosse procurar algum corpo desprovido de pêlos fora de casa, o idiota passou por uma depilação completa.

Eu o chamo de idiota mas o prezo muito, que fique registrado.

Foi planejada uma operação super complexa para a retirada dos pêlos de Claudemir. Suzana cuidou de tudo. Foram duas semanas de preparação. Sábado de manhã, depois de entrar no salão de Martinha como se fosse acompanhar a esposa, o paspalho passou três horas sob os cuidados de Teresa, a expert em depilação da casa.

Tudo havia sido preparado para que ninguém, NINGUÉM pudesse flagrá-lo. Sabia que seria motivo de chacota por anos, talvez para sempre, caso alguém soubesse disso. O que iria explicar aos amigos se fosse visto de roupão numa clínica de beleza? E como explicar o corpo totalmente liso?

Toc-toc-toc na madeira.

Na saída da sala de depilação, Juca, Carlão, Wagnão e Edu, acompanhados de suas esposas e namoradas, munidos de filmadora e na companhia de Suzana, gritaram em coro:

"SURPRESA! Feliz aniversário!"

Essa foi a história que Claudemir contou ao delegado. Agora o advogado vai tentar que o julgamento seja por homicídio culposo ao invés de doloso.

22.6.05

Mamãe, eu quero!

Como é mesmo essa história de o governo patrocinar gente que escreve (não confundir com escritor)? Porra, eu também quero dar uma mamadinha.

E vem cá, pode escrever sobre a xota enorme da mulher do ministro da curtura?

Torto pra esquerda

Por falar em Granja do Torto, perceba aí quanto assunto implícito há nesse termo. Qualquer hora eu esmiuço ele.

Placar dilatado

Me surpreendo quando ouço perguntas como "E ela, gozou?".

Como assim, trepou e a mulher não gozou? Uma foda só é completa se OS DOIS gozarem. Porra, e tem lá graça babar, sair de dentro e deixar a parceira no arroz?

Que gente mais insensível, caralho.

Homenageando nosso ilustre presidente, recorro a uma artimanha da moda para que vocês, cidadãos do Bananão ávidos por uma analogiazinha (que eu sei), possam compreender o que quero dizer (diferente do Efê, pelo menos é uma analogia envolvendo dois assuntos que entendo muito bem). Ei-la:

Uma boa foda é como um bom jogo de futebol. Não, nada de bola nas costas, atacante jogando enfiado, entrar com bola e tudo, essas coisas. O assunto aqui é o placar. Se a bola vai entrar de cabeça (ops) ou de bico, não interessa, desde que o placar se mexa em ambos os marcadores. Porque é isso o que realmente importa.

Uma grande foda é como um grande clássico. Com a diferença de que não há a obrigação de vitória. AQUI O QUE IMPORTA É BALANÇAR A REDE.

Clássico que termina em 0x0 é frustrante, pra dizer o mínimo. 1x0 é pouco, você há de concordar. A partir do 2x2 a coisa começa a melhorar. Daí em diante o que vier é goleada. E goleada sempre é bom.

Putaqueopariu, esqueci o que ia escrever, principalmente a grande frase de efeito guardada para o final, a moral da história, o grand finale beirolístico.

Acho que preciso passar na Granja do Torto para fazer uma reciclagem com o barbudo.

Ou... aquele neurologista, alguém?

Haja bolsa escrotal

A história do romance policial deu pano para a manga. Detetives formados no IUB juntaram a última peça do quebra-cabeças e pimba!: virei o liberal libertinoso.

Se meu último livro, contando minha viagem à Transpiauí, tivesse vendido tanto quanto gostaria, agora poderia estar longe de Limeira, essa cidadezinha chata (e azeda) pra cacete, e, ao invés de ficar escrevendo um blog idiota como este e tentando editor para minha novela marrom, poderia estar neste exato momento comendo um cuzinho na Riviera Francesa.

"Ma che bello questo, cazzo!"

Panela velha

Dona Judite arrumou um namorado. Cheguei de viagem e tava o sujeito largado no sofá, com três botões da camisa abertos, exibindo o peito seminu. Na mão, um copo de vidro com um líquido borbulhante que descobri horas depois ser minha última Veuve Clicquot.

É muita audácia!

As profecias de Nostradamus já não haviam expirado? Tenho muito medo do que está por vir.

21.6.05

São duas pessoas, cazzo

As pessoas insistem em achar que sou o Alex Castro (e vice-versa). Não sou. Fico extremamente irritado por vocês acharem que sou aquele cara feioso pra dedéu. Porra.

* * *

Aproveitando carona, dois recados:

Só não posto aqui com mais frequência ultimamente porque no momento estou ocupado demais escrevendo um romance policial.

Dois blogs que entraram nos preferidos da casa: Biajoni e O carapuceiro, de Xico Sá. Vão lá.

17.6.05

Lendas beirolísticas - 5

Narigudas trepam muito bem.

10.6.05

Santa Puta

Amo esse blog.

A literatura me salvou

Quando digo que a literatura já me salvou de algumas, tem gente que não acredita, ou acha que é figura de linguagem. Pois vou relatar um episódio recente para que vocês percebam quão importante são os livros na vida de um homem.

Tenho que ir com cautela, pois pisarei em terreno perigoso tocando nesse assunto. Sendo um cidadão respeitador e conhecedor dos limites que regem a sociedade, vou devagar.

Leila é paralítica. Tem todos os membros no lugar, mas sofre de paralisia nas duas pernas. Usa um par de muletas para se locomover, e no trabalho conta com uma cadeira de rodas, o que não afeta praticamente em nada seu cotidiano em relação a uma pessoa sem deficiência. Tirando as pernas um pouco finas demais, atrofiadas pela falta de movimento, deitada sobre a cama é uma mulher gostosa como qualquer outra.

É bom ressaltar: as pernas não funcionam, mas o clitóris tá ligadão que é uma beleza.

Secamos duas garrafas de champanha vagabunda e fomos para o abatedouro (minha cheirosa e confortável cama). Vou lhes poupar dos mínimos detalhes.

Percebi que a parada seria dura quando fiz a aproximação boca-xota. As pernas, que geralmente se abrem convidativas, fizeram de conta que nem era com elas. Hum. Afastei-as gentilmente e apliquei-lhe a famosa Linguada do Beirola. Gemidos encheram o quarto.

Mas alguma coisa não ia bem. Senti falta do REQUEBRO dos quadris da moça, feedback padrão no trato oral. Mais, senti falta daquela levantada de quadris que expõe a xota, quase que uma súplica, você praticamente enxerga os lábios se movendo pra pedir: "vem cá".

Olhei para o criado mudo e percebi um Moby-Dick dando sopa ali. Não sei como esse livro foi parar lá, mas meus instintos, sempre ágeis, não decepcionaram. Para quê mais serve um Moby-Dick?

CUIDADOSAMENTE inseri o volume sob suas nádegas. Melhorou um pouco. Girando o pescoço, fiz uma rápida busca pelo quarto e localizei um Grande Sertão: Veredas sobre o rack. Perfeito.

Agora sim, pensei. Tendo como companhia de foda dois livros desse gabarito, não podia fazer diferente e optei por uma FODA CLÁSSICA: fui de papai-e-mamãe. Com o papai jogando em posição um pouco avançada.

Coloquei um edredon amontoado, onde já existiam os travesseiros, para apoiar os joelhos suspensos da moça e comecei a função. A xota rapidamente inundou-se e o perfume de Leila tomou conta do ambiente.

A pressão do corpo sobre o púbis da moça, que se encontrava em posição privilegiada, fez com que o orgasmo viesse rápido e forte, acompanhado de um urro prolongado.

O segundo e o terceiro tempo deram tanto trabalho que fiquei com preguiça de escrever. Ainda assim foi uma experiência interessante. Praticamente uma lição de vida.

Agora só não consegui explicar para dona Judite porque é que o Guimarães Rosa, encontrado sob a cama no dia seguinte, está com aquele puta cheiro de buceta até hoje.

Valeu, Biajoni

A lourinha pacotuda do dia 17/05 eu comia.

Parem com a histeria

Maldito hotel fazenda.

Caí, bati a cabeça e muitas palavras se perderam dentro do meu cérebro. Ou não as encontro ou solicito uma e me entregam outra.

Alguém conhece um bom neurologista?