jair beirola

31.3.05

O médico vingador

Via Telescópica:

Deputado diz que "viu estrelas" no exame de próstata

Petista discursa contra exame de próstata que o fez ver estrelas

Durante 25 minutos, Sargento Isidório do PT usou a tribuna para detalhar o exame, reclamar da rudeza do médico, além de confessar que se sentiu "deflorado".

Uma das coisas que deixou o Sargento Isidório, pai de seis filhos, mais indignado é que após o exame, o médico abriu a porta e chamou o próximo paciente "como se nada tivesse acontecido".


Médicos são foda. Nem beijinho de despedida.

Político tá acostumado a botar no cu da gente o tempo todo e quando leva uma dedadinha de nada fica aí se lamentando.

Obs.: não perco o próximo Casseta e Planeta por nada.

Pesquisa: cheiro de buceta

Às 21 horas seu parceiro passa para te buscar. Você acabou de tomar um banho, se vestiu e se perfumou adequadamente para um programinha básico, tipo cineminha e jantar. Por volta de uma da madrugada vocês entram no motel. Nesse intervalo você fez dois ou três xixis.

Pergunta: você lava a buceta antes de ir para a cama?


Falarei sobre o assunto depois que vocês responderem.

* * *

Aproveitem e respondam também as outras pesquisas.

Delícias portuguesas

As minhas mãos seguiram imediatamente para o meio das minhas pernas, onde a humidade e temperaturas abundavam e esperavam pelos meus dedos.

Não me despi. A cuequinha foi desviada e o meu clitórios pediu atenção prioritária. Massagei, contornei e deixei escorregar os dedos indicador e médio por entre os meus lábios, para entrarem triunfalmente na minha vagina faminta. Que quente...que molhada... Explorei o meu interior, como só eu o conheço. Descrevi círculos, entradas e saídas, até que o ritmo foi aumentando com a necessidade de saciar o meu tesão.


Borboleta Assanhada

* * *

Alguns ligeiros e suaves toques na zona anal do parceiro dão-me indicações mais do que seguras que o caminho é para seguir adiante e sem postos raianos. Quando temos uma confiança total com o parceiro, a intimidade não se esgota aí e a língua em fogo e esticada como um pequeno pénis penetra no seu íntimo mais recôndito e guardado. A surpresa mistura-se com o prazer intenso e o pénis endurece, mais bem preparado para as batalhas que se seguem, a esporra é ainda mais branca e cremosa a entrar para dentro da minha boca, descendo a garganta.


Bela à Noite

Lendas Beirolísticas - 2

Esperma na cara alivia olheiras.

(para pés-de-galinha, massageie por um minuto)

E que olhos tem essa moça!

Na Claudia a dica era trancar a porta ao entrar no banheiro e ligar as torneiras, porque "ninguém precisa ficar sabendo o que se está fazendo lá dentro". Ou seja, em outras palavras, as mulheres devem passar a impressão de que não peidam, não mijam e não cagam. Ora, vamos... O marido vai ouvir as torneiras ligadas todo aquele tempo e achar que estou tentando tomar banho de banheira na pia. Um amigo meu disse que a esposa jogava vários pedaços de papel higiênico na privada, para "abafar" o som do cocô caindo na água. Um dia, o vaso entupiu. Ele: "Porra, você come como todo mundo, será que dava pra você também assumir que caga?". Resultado: ela parou de usar a suíte e foi fazer as necessidades fisiológicas no banheiro da empregada. Mas assumir para o marido que fazia cocô, NUNCA.


Suicidal Girl.

Um adendo:

Moça, o papel higiênico na privada tem outra utilidade, além de "abafar" o som da merda caindo. Serve para evitar que, ao cair da bosta, a água volte e lhe molhe o cu.

Colírio eu só aceito nos dois de cima, chefia.

Caaalça Lee, calça Levis

Acho esse negócio de pegar no pau por sobre a calça um negócio gostoso pra caralho. Literalmente. Você conhece a mulher, pergunta nome, onde mora, o que faz, enfim, essas coisas desnecessárias, e quando menos espera tá lá a mão apertando a pica enquanto a conversa flui naturalmente. Puta delícia.

De vez em quando, no meio do papo, ela dá aquela descidinha despretensiosa pros grãos e uh!, o que é que eu estava mesmo dizendo?

Mulher que sabe pegar numa rola por fora da roupa merece atenção redobrada. Vai fundo porque essa manja.

29.3.05

Sebinho

Por falar nisso, conheço grandes cheiradoras de sebinho. Uma mulher que sabe apreciar cheiro de sebinho já começa uma foda em vantagem.

Mas sebinho de cabeça não se cheira de qualquer jeito. Ensinarei.

Primeiro você abre bem a cabeça do pau, pra ter acesso ao melhor local de fermentação. É aquela parte logo abaixo da cabeça. A sarjeta da glande, sabe? Amadores vão logo metendo o nariz ali ou esfregando o dedo sem cuidado. Não é assim.

Há duas formas de se apreciar o sebinho. A primeira é in natura, diretamente na cabeça do pau. Você deve passar o dedo de leve sobre o sebinho, apenas para que ele libere o buquê. Aí é só oferecer a pica para a mulher, que, se for apreciadora da coisa, a essa altura já deve estar com as narinas dilatadas de tesão.

A outra forma você mesmo pode fazer em casa para se divertir (enquanto acompanha um jogo da seleção, por exemplo), e inclui gratuitamente o teste de consistência. Com o dedo indicador você faz a coleta do material. Depois, com o polegar, esfregue os dois dedos até que a pasta se dissolva por completo. Se ficar resíduo, é sebo não-degustativo, daquele tipo que dá úlcera. Se ele sumir na sua pele, é do bom.

Agora cheire.

Lendas Beirolísticas - 1

Sebinho de cabeça não se engole.

Se for daquele ralinho tudo bem. Mas quando já se formou queijo em quantidade suficiente pra cobrir uma torradinha, não. Pode cheirar, fazer rolê, brincar, mas engolir não pode.

Sebinho de cabeça dá úlcera.

Coelhinho da Páscoa

Cinco dias sem dar umazinha aqui no blog. É que em época de Páscoa eu me retiro da vida agitada dessa metrópole insana e vou buscar refúgio no campo, longe do caos urbano.

Puta papo viado. Credo.

E, como todo mundo sabe, Páscoa é tempo de dar ovos. Isabel, a filha do seu Agenor, caseiro lá do sítio, adora meus ovos. 19 anos. É um entrosamento boca-ovos tão grande que se eu contasse vocês não acreditariam. Engole um, lambe outro, engole tudo, pinta e borda, sempre segurando na alavanca de câmbio. Uma loucura.

24.3.05

Vapt-vupt

Quebrei o botão do mouse.

* * *

Entrei num ônibus e me deparei com uma morenaça ostentando um decote que podia ser a representação artística do Grand Canyon. O soutien ficara em casa. Os peitos eram volumosos e firmes como um pudim de leite.

E o ônibus sacolejava e os peitos balançam. E chacoalhava daqui e balançava de lá. Os peitos balançando e eu em pé, hipnotizado, acabei perdendo o ponto.

Vou andar mais de ônibus. Viva o transporte público.

* * *

Gente chata: o título do post abaixo é uma brincadeira, é ÓBVIO que fui autorizado a publicar o email da leitora e é MAIS ÓBVIO ainda que o nome dela não é aquele. Uma merda ter que explicar a piada. Vão pentelhar a xita. Obrigado.

* * *

Omelete com missô (pasta de soja) e orégano produz buquês inesquecíveis em menos de duas horas. Recomendo.

23.3.05

Porra, virei oráculo?

Recebi email de uma leitora, a Maria Eugênia Soares, cuja identidade será preservada, contando uma história difícil de acreditar. Eis:

"Jair meu namorado não gosta de cu, morro de vontade de fazer sexo anal mas o Roberto diz que tem nojo dessas coisas. Como fazer pra ele mudar de idéia? Tem dias que fico com tanta vontade que acabo me virando como dá com o cabo da minha escova de cabelo, principalmente depois que leio alguns contos eroticos. Me ajude."


Maria Eugênia Soares, vamos resolver a questão em duas partes. Primeiro você passa lá em casa, porque ficar na vontade é sacanagem. Se é pra ajudar mesmo, devemos nos empenhar pra valer, tá certo?

Depois a gente vê como resolve a outra parte, entre uma bebericada e outra. Acharemos uma saída juntos, confie.

Sei que estou devendo a continuação dos textos sobre sexo anal, mas estou muito sem tempo ultimamente. Pra você ter uma idéia, o (pouco) tempo livre que tive na última semana, passei quase que integralmente brincando de dar papinha para a Iraci (a propósito, me exercitei tanto que meu médico vai achar que entrei mesmo numa academia).

Um pouco de paciência.

Procura-se a dona do brinquedo

"O que é isso, seu Jair?! O QUE É ISSO, SEU JAIR?!"

Era uma piroca de borracha.

O que isso fazia lá em casa, não tenho idéia. Alguma distraída deve ter esquecido, deixando cair atrás do sofá. E foi logo dona Judite que encontrou, para desespero dos meus pobres ouvidos.

Como não tive coragem de cheirar, não saberia dar pistas que indicassem a procedência. E não darei as características porque, mesmo sendo falsa, não me agrada ficar estudando detalhes de uma jeba.

Rapidinhas

Enquanto mastigava o desjejum e ouvia a Judite resmungando de sei-lá-o-quê, acompanhei o início do programa da Ana Maria Braga, hoje pela manhã. Tive uma ótima surpresa. Não sei se era o ar-condicionado do estúdio, tesão repentino ou implante de bico de mamadeira, mas a apresentadora, cujo cu foi curado de um tumor (aleluia!), estava com faróis tão acesos que quase lhe furavam a blusa. Muito interessante. Passei a olhá-la com outros olhos.

* * *

E, olha, não vou negar: comeria gostoso. Até porque já comi toucinho com mais pêlo...

O perigo é ela dar aquela risada no meio da foda.

* * *

Devo ter deixado hoje a maior viga da história lá na bacia de casa. Sabe quando você está escorregando o crioulo e não quer passar a tesoura? Pois é, calculo por baixo uns 30 centímetros.

* * *

Flavinha tá com o bumbum dodói. Disse que andou se machucando no banheiro.

"Cagando vidro, é?", perguntei.
"É...", admitiu, enrubescida.

Titio Jair, freelancer de enfermeiro, vai passar pomadinha duas vezes ao dia, meu anjinho. Não tema.

* * *

Ei, você. Já chupou a pica do seu namorado hoje?

* * *

Recebi email de uma mulher indignada com o texto abaixo. A dona chocou-se com a violência banal e ainda me acusou de imitador de estilo dos outros.

Oh céus, minha tentativa de misturar Nelson Rodrigues com Rubem Fonseca fracassou. Me passa a gilete?

* * *

A trilha sonora deste blog só podia ser do Língua de Trapo.

Cagar é bom - Língua de Trapo

Cagar é bom quando a gente tá em paz
Ouvindo na água o som
Que a merda caindo faz
Cagar molinho, cagar durinho
Cagar soltinho
De qualquer jeito, de qualquer maneira
Até quando é caganeira
Cagar é bom, é muito bom
Cagar é bom demais...

21.3.05

Cidinei

Cidinei tinha orgulho da profissão. Era vigilante noturno. Depois que o escritório se esvaziava, se sentia o dono do pedaço.

De arma em punho, ficava de frente para o espelho simulando grandes ações contra supostos invasores. Mirava a própria cabeça no reflexo do outro lado e "pou, pou, pou!", fazia com a boca.

Certo dia, Zulmira, a copeira, se atrasou com os afazeres e ficou até mais tarde trabalhando, sem que o vigilante notasse. Cidinei, que pensava estar sozinho, colocou o espelho na posição e começou sua exibição privada.

"Pou! Pou! Tá! Tá! Pou!". Zulmira foi ver o que estava acontecendo.

Cidinei ficou pálido quando viu Zulmira entrar na sala. Sua primeira reação foi apontar-lhe a arma e mandar que encostasse na parede. Ambos tremiam. Desceu os olhos pelo corpo dela e, pela primeira vez, reparou na beleza de suas pernas sob o uniforme branco. Olhou demoradamente para seus quadris perfeitos. Percebeu os rígidos seios volumosos por debaixo da blusa. Sentiu um misto de medo e tesão. A copeira, imóvel, não conseguia emitir palavra.

Mandou que ela se virasse e apoiasse as mãos na mesa mais próxima. Aproximou-se e meteu-lhe o revólver na têmpora direita. Mandou que ficasse quieta. Subiu sua saia, afastou a calcinha de lado e a comeu violentamente.

Zulmira gemia e gritava. De prazer.

* * *

Depois de um mês estavam casados. Cidinei chegava em casa pela manhã e acordava a esposa com o pau duro, castigando-lhe a buceta. Cuspia na entrada da gruta e dava duas estocadas firmes, até que o pau se alojasse por completo. Era sua maneira de dizer bom dia. Todos os dias.

Terminada a foda, era hora da mulher se arrumar para o trabalho. Cidinei ia dormir.

* * *

Com febre por causa de uma gripe, Zulmira pediu autorização para ir mais cedo para casa. Não encontrando Cidinei, resolveu procurar a vizinha, que morava na casa da frente. Dona Helena era dona dos quatro imóveis no mesmo terreno, incluindo a edícula onde morava o recente casal.

Zulmira aproximou-se da janela, fez meia volta, foi até seu quarto, colocou um banco próximo ao armário e pegou um saco de lixo que ficava guardado sobre o móvel. Abriu o saco, retirou algo de dentro e retornou à janela de dona Helena.

O tiro atingiu as costas de Cidinei e abriu em seu peito um rombo do tamanho de uma bola de futebol. Calibre 12.

Cidinei nunca mais colocaria uma arma na têmpora de outra mulher. Zulmira era ciumenta demais.

20.3.05

Vem dançar com seu tigrão

Alguns amigos me convidaram para conhecer um famoso pub paulistano. Famoso por ser "o paraíso das coroas". Opa, falou minha língua, aceito a aventura.

Cinco minutos depois de entrar no reino do pé-de-galinha, eu já me divertia a valer. Centenas de paquitas da Hebe dançando sem sair do lugar, tigrões com copo de uísque na mão e dois botões da camisa abertos lançando olhares, alguns pós-adolescentes dando um tempero e, claro, dezenas de putas pescando. No palco, uma banda "embromation" simulava cantar em inglês alguns clássicos do rock. Como não me divertir num ambiente caricato assim?

Pedi um gim tônica e entrei no clima.

Era hora do intervalo da banda e o DJ foi de disco music. That's the way, aha. Algumas tias chegavam a fechar os olhos, jogavam os braços pra cima e encostavam o queixo no ombro, fazendo charminho. A coisa prometia esquentar.

O que muito me chamava a atenção era a quantidade de sósias de "celebridades" que circulavam ali. Zé Dirceu cover, Gretchen cover, Ana Maria Braga, Daniel Azulay, Dudu França (esse talvez não fosse sósia, era o próprio), Renato Machado, Henrique Meireles e até o Mario Bros, aquele do videogame, davam o ar da graça.

Claro que no meio de tantos famosos eu não podia fazer por menos e pegar uma popular qualquer. Peguei a Marta Suplicy.

De tubo de seda e costas à mostra, dançava se esfregando tanto em mim que fiquei preocupado com o preço da Hipoglós. Me contou, como se já fôssemos amigos íntimos, que não via a cobra de perto desde que se separou, há dois anos. E eu nem perguntei nada, ainda estava estudando qual seria o bote certo (qualquer um, logo percebi). Já amaciada pelas doses de tequila que sorvera, foi questão de hora arrastar a prefeita para fora do ambiente e levá-la ao covil.

Se a semelhança física for mesmo completa, passo a entender porque tanto estardalhaço fez a mídia por conta do rombo público da prefeita. Era um rombo público enorme.

18.3.05

Vale por um bifinho

Finalmente saciei a fome da Iraci, uma contorcionista do Amazonas que conheci na fila do pão. Como gosta muito do próprio gosto, me ensinou uma brincadeira nova, que chama de "dar papinha ao bebê". Virei fã.

Funciona da seguinte maneira: a danada consegue colocar o queixo encostado no monte-de-vênus, numa espécie de frango assado. Ficam xota e boca juntas (uma embaixo, outra em cima) à disposição do pau. Mentalize a cena.

Aí é só ficar brincando de dar papinha. Molhe a colher no pote e leve o alimento à boquinha dela. No final tem sobremesa cremosa.

Faz três dias que só brinco disso, pareço uma criança. Só parei porque começou a me doer as costas.

15.3.05

Na lua de mel

"Dá, vai?"
"Não dou."
"Ah, dá? Só uma vez, por favor!"
"Não vou dar."
"Dá uma vez só, te imploro..."
"Não dou, não insista!"
"Dá, eu é que estou pedindo, meu amor. Dá?"
"Tá bom, vou dar."

E ela deu. Um peido longo, quente e silencioso. O cheiro logo tomou conta do ambiente e Juvenal, com os olhos fechados de prazer e um sorriso no rosto, respirou fundo e absorveu cada centímetro cúbico daquele ar.

Ele amava os peidos de Estela, a mulher da sua vida.

13.3.05

Matando mais um dragão

Hoje eu comi o rascunho do demônio.

A mulher não era feia, porque pra ficar feia teria que melhorar de 30 a 40% - era pavorosa mesmo.

Vou contar a história, mas antes quero deixar registrado que terei que levar um papo sério com meu pau. Deitá-lo num divã de analista, levá-lo a um terreiro, sei lá. O filho da puta me apronta e, depois que goza, me deixa com o dragão. É sempre assim. Chega.

Conheci o belzebu pela internet. Depois a conversa evoluiu para o telefone, onde descobri a dona de uma voz doce como mel. Enfeitiçado pela voz, meu desconfiômetro falhou quando ela mandou algumas fotos. Eram fotos escaneadas, e não digitais como é comum hoje em dia, uma pista de que era coisa antiga. E era. As fotos tinham 10 anos e isso ela não me contou.

Que o tempo é cruel você e eu já sabemos, mas dessa vez ele sacaneou. Botou pra foder mesmo, foi sádico.

"Você está um pouco (menti) diferente das fotos", falei ao encontrar o monstro com a cara do Tim Maia.
"É, engordei 28 quilos.", e veio me beijar. Me esquivei, claro.

Se fosse só a gordura não tinha problema, isso eu tiro de letra. Mas o que era aquela crosta por sobre a pele, pelamordedeus? Aquelas olheiras de coruja, aquela maquiagem de mau gosto, aquela roupa ridícula (barriga de fora, imagina)?

Marquei o encontro na estação Consolação do Metrô, sempre visualizando mentalmente aquela simpática moça das fotos, a fim de pegar um cinema na Augusta. Tive que mudar os planos.

Botei a mocréia sentada numa mesa de boteco, três ou quatro quarteirões descendo a rua, a fim de providenciar a ingestão de meia dúzia de ampolas da marca Brahma. Minha idéia era embebedar o satanás, fazendo-o desistir do cinema, e mandá-lo de volta para casa. Não deu certo.

Logo na terceira cerva a assombração já estava naquela simpatia. Me olhava nos olhos, o que me obrigou a colocar os óculos escuros (não se deve olhar nos olhos dessas criaturas, elas podem roubar sua alma). Começou a se insinuar e a falar sacanagens, ou seja, escolheu a tática correta para fazer com que o jogo virasse. Meu pau, que não pode escutar uma putaria, caiu na armadilha.

Aí aconteceu uma ereção.

Meu pau não tem juízo mas tem pressa. Pedi a conta e desci a rua, rumo ao Baixo Augusta. O crime seria cometido num daqueles mocós pulguentos mesmo.

No caminho, ela se mostrou ousada e abusada. Tentou pegar na minha mão, o que me fez ter que fingir uma coceira repentina. Cocei tanto a cabeça que até eu comecei a acreditar que era real. Mas o jaburu não se deu por vencido e tentou segurar minha mão novamente. Meti a mão no bolso e ofereci um chiclete. Olé.

Finalmente surgiu o primeiro hotel, 20 reais por duas horas. Entrei rapidamente e o portuga me explicou que se eu quisesse ver um filme não pagaria nada a mais por isso (?). Talvez fosse alguma tentativa de ajuda.

Foi entrando no quarto que o pesadelo começou: ela foi logo tirando a roupa, a luz ainda acesa. Cena lamentável.

Depois de três minutos de carícias superficiais, meti a mão na bunda do cramulhão e levei um susto. No lugar onde deveria haver um cu encontrei um ouriço. A sensação era de que estava acariciando meu próprio queixo, com barba de dois dias por fazer. Tive medo.

Segui em frente e finalizei o combate em menos de 30 minutos. Foi quando o encosto, que é meu próprio pau, se foi.

Depois que o palhaço baba, bate o desespero. Tinha que dar um jeito de sair daquele lugar. Felizmente ela pediu licença para ir ao banheiro mijar, o que me permitiu receber uma ligação urgente. O telefone tocou - ela não ouviu porque estava no vibra - e era meu diretor.

"Mas que coisa, Carlos. Justo agora? Nem no domingo esse pessoal dá descanso? Pode deixar, estou indo para aí NESSE MOMENTO.", disse, entonando a voz.

Fiz cara de preocupado e mandei que o trambolho se vestisse.

"Aconteceu um problema na empresa, tenho que sair correndo."
"É, eu ouvi você falando ao celular. O que foi, Jair?"
"Problema gravíssimo, tenho que estar lá em vinte minutos. Se veste."

Abandonei rapidamente a espelunca, chamei o primeiro táxi que vi, despachei o dragão na Paulista e segui em frente, prometendo ligar em breve.

Meu pau me paga.

Sublime

Olha que amor:

[...] hoje depois de concluir a faxina do meu banheiro, vi um pontinho preto no vaso sanitário e meti a unha pra tirar, esquecendo pra que serve o vaso. Mas lembrei assim que cheirei o dedo. Foi foda passar os cinco minutos seguintes com o dedo na água sanitária, ficou todo enrugado.

11.3.05

Sexo anal, perca o medo - parte 2/4

Cu não se pede, cu se conquista.

Os afobados são os primeiros a queimar o filme com as mulheres. Se ainda fosse só o deles, tudo bem. Mas, como já vimos, queimam por tabela o filme de todos os homens. Se afobação já é ruim comendo uma buça, imagina no rabicó.

Observação pertinente: isso não será um manual passo-a-passo sobre como comer um cu. Primeiro porque não existe um passo-a-passo para comer cu. O que existe são várias formas de se chegar lá, que têm variações e devem ser aplicadas em cada caso estudado. O importante aqui será saber como, quando e com quem aplicá-las. Quais são essas formas é assunto para outro dia.

Sigamos em frente. Ou para dentro.

Afobados, prestem atenção. Não dá pra chegar na mulher e solicitar: "Quero comer seu cu", ou ainda: "Me dá o cu?". Não, assim não funciona. A primeira etapa para se comer um cu é CONQUISTÁ-LO. Principalmente se a moça não quer liberá-lo. Perceba que eu disse conquistar o cu, não a dona do cu. Mas, não confunda as coisas, para se conquistar o cu, você terá que fazê-lo ATRAVÉS da dona.

Complicado? Nem tanto.

Cu também tem vontade própria. Assim como os homens ficam de pau duro e passam a pensar somente com a cabeça de baixo, o objetivo aqui é fazer com que a vontade da mulher seja maior do que a (falsa) razão dela. Ela pode continuar achando que não vai dar, mas o tesão falará mais alto e ela acabará cedendo. Pronto, a primeira barreira foi rompida, o sucesso da operação agora está em suas mãos (ou em seu pau). Agora é a hora de fazer direito, TIRAR O MEDO dela.

Como fazer isso, conforme já expliquei, é assunto para outro dia. Fique ligado.

* * *

No próximo capítulo dos queima-filmes, os inexperientes.

10.3.05

O quarto olho

Hoje, no banho, percebi o nascimento de uma bolinha no cu. No meu.

Fica ali bem na fronteira entre São Paulo e Rio. Não dá pra dizer se está para o lado de dentro ou para fora. É praticamente uma bola PMDBista.

De modo que NÃO POSSO TOMAR SUSTOS. Uma piscadela mais afoita é como fechar a porta e esquecer o dedo, você me entende?

Algum endraçadinho virá dizer que é algum tipo de hematoma. Não é.

Lá vou eu passar por uma semama aquelas pomadas que mancham a cueca, para desespero de dona Judite (e dos meus ouvidos). Prevejo brigas.

Fora a sensação incômoda de lubrificação o dia todo. Quase posso jurar que sei o que é ser uma indivídua portadora de buceta, o que é andar com um órgão lubrificado entre as pernas pra lá e pra cá.

Sensação horrorosa.

9.3.05

O vizinho

Esse meu vizinho, aliás, merece um bom capítulo à parte. Nunca vi bicha velha tão nojenta.

Anda de óculos escuros o tempo todo, mesmo que seja duas da madrugada. Se eu não conhecesse a figura, poderia até pensar que fosse cego.

E como geme levando rola esse vizinho!

Mas parece que o coroa é bom de conversa-mole. Como mandava a etiqueta de sua patota hippie setentista, o babado era ser bi. Palavras dele. Aí de vez em quando o coroa dá uma variada e aparece com umas gostosas que vou te contar! Isso quando não chega logo com duas. Sabe-se lá que tipo de quais-quais-quais esse puto solta pra cima da mulherada.

Mulher ele diz que pega só pra sair um pouco da rotina. Compreendo, porque levar ferro todo dia não deve ser fácil, ainda mais na idade dele.

Ainda abordo esse safado no corredor, quando ele pintar de gostosas a tiracolo. Preciso combinar com o porteiro.

Foda vai ser se tiver que pagar pedágio. Tô fora.

Marta

Ontem aconteceu aquele encontro com a dona do cabelo colorido. Liguei do escritório para dona Judite e pedi que ela providenciasse champanhe.

"Hoje vai ter safadeza, né seu Jair?". Puta merda, como se mete na minha vida essa empregada filha da puta.

Recebi Marta - esse é o nome da coroa - ao som de uma coletânea de música brasileira dos anos 40 e 50. Queria deixá-la à vontade. A coletânea era daquelas que vêm encartadas em revistas, sabe como é? Tenho várias dessas coleções, são super práticas para você fazer o tipo eclético com a mulherada. Sempre me rendeu bons frutos (boas xotas, falando no popular).

Bom, tava lá o Lupinício Rodrigues fazendo bonito e a vovó já começou a reclamar.

"Bota um Led Zeppelin aí. Que coisa mais de velho esse som que tá tocando!"
"Meus Led Zeppelin estão emprestados. Tem um Creedence, vai?"
"Ah, tá bom, é a mesma merda.", disse desdenhando, enquanto já metia a mão no balde da champanhe.

Sssssploc!

"Meu segundo marido adorava champanhe. Minha casa era quase um depósito de Veuve Clicquot."
"O Chandon aí te ofende?"
"Não, querido, já bebi coisas piores. Tim-tim."

Apaguei a decoração de velas, tirei o som e coloquei um pornô. A velha deu um sorriso e começou um papo estranhíssimo sobre osteoporose, tatuagens e leite de fazenda. Não dei muita atenção e botei o pau pra fora, assim como não quer nada.

* * *

Corta pro momento em que finalmente consegui convencê-la a tirar a roupa, meia hora mais tarde.

* * *

Depois que consegui vencer os duzentos gramas de carne flácida que separavam os lábios externos da entrada da buceta, comecei a função. Linguada caprichada na carne rosada e rola pra dentro.

Foi aí que começou a confusão.

A velha gritava mais que porco na faca. O interfone começou a tocar quase que instantaneamente, confirmando o mau presságio que eu tivera logo que empurrei o palhaço gruta adentro. Não dei bola e continuei o massacre.

Até que a campainha tocou. Me enrolei numa toalha e fui atender, já imaginando que teria que encarar a síndica portadora do saco roxo. Não era a síndica, era o vizinho, que já foi se enfiando sala adentro sem pedir licença. Não entendi picas.

"Marta, é você mesmo!"
"Roberto! Não acredito!"
"Te reconheci pela voz, minha querida."

Fiquei de pau na mão, enquanto acompanhava incrédulo o reencontro do vizinho com sua velha amiga. A amiga pelada, as pelancas ameaçando se esparramarem por toda a sala, e o vizinho de regata, bermuda, meia social e chinelo rider, já de taça na mão.

"Tem mais champanhe aí? Traz pra nós.", disse sem nem me olhar, apenas erguendo a garrafa vazia. "Há quanto tempo, Marta! Deve ter o que?, uns vinte anos? Mais!"
"Nossa, Roberto, e você não mudou nada!"

E sentaram-se no sofá, ele vestido, ela nua, como se estivessem numa reunião social qualquer. Pedi licença, trouxe outra garrafa de champanhe para os convidados e me recolhi ao quarto. Tirei a nhaca na mão e dormi um sono profundo, pelado.

Acordei na manhã seguinte com dona Judite berrando.

"Seu Jair, o que é isso? Abro a porta do quarto e encontro o senhor com essa bunda pelada pra cima? O senhor me respeite!"

8.3.05

Sexo anal, perca o medo - parte 1/4

"Porque dói."

Essa é a resposta padrão que as mulheres oferecem quando se pergunta porque elas não dão o cu. Estão, de certa forma, sendo honestas. Mas nem tanto, como veremos.

O problema tem origem nos homens, e nós, homens que gostamos da coisa, precisamos mudar isso. E não estou falando só em comer direito, que é o básico, estou falando em TIRAR O MEDO das mulheres. Comer direito é o modo, tirar o medo é o objetivo.

Tem mulher que não dá porque acha que dói. Nunca deu, nunca tentou, mas ouviu relatos "gravíssimos" de amigas. Aprendeu que dar o cu dói. Aí essa "verdade" entra em sua cabecinha, é cimentada lá dentro e pronto, (não)fodeu, dará mais trabalho amolecer essa falsa verdade em sua cabeça do que amolecer e comer-lhe o cu propriamente.

Por conta de homens 1) afobados, 2) inexperientes e 3) estúpidos, basicamente, o sexo anal é visto com preconceito e medo. Mas vamos mudar isso.

Dar a bunda é prazeroso, sim, meninas, vocês ainda vão constatar isso. Titio Jair vai lhes ajudar.

Voltaremos ao assunto em breve.

Um ato de amor ao próximo

Coma uma feinha. Pode ser feinha gorda, feinha magra, feinha sem bunda, feinha sem sal. Não importa o tipo, o que vale é o ato.

Ouvimos desde cedo que devemos fazer nossa parte para um mundo melhor. E um mundo melhor se faz com mulheres bem comidas. Esqueça as baboseiras que você ouve por aí. Um mundo realmente melhor começa na cama.

Como a cultura global masculina valoriza muito mais embalagem do que conteúdo, mulheres feias saem em desvantagem na hora de cuidar da molhadinha. Mude o jogo. Valorize uma feinha. Pisque para elas na rua, jogue charme, o que custa? Uma parada no farol é uma ótima oportunidade de fazer bem ao ego delas.

Apenas tenha cuidado para não deixar ela na dúvida se você está SORRINDO PRA ELA ou está RINDO DELA.

Pratique. Abra sua cabeça. Quando menos esperar, você vai estar comendo uma feinha. E é aí que a coisa começa a melhorar. Tive fodas memoráveis com as mulheres mais feias que se possa imaginar. OK, eu não sou parâmetro. Não tenho medo de nada, encaro qualquer coisa. Mas acredite em mim, há fodas inesquecíveis escondidas nas criaturas mais horripilantes. Basta ter o cuidado de apagar a luz.

As feias muitas vezes dão fodas românticas, cheias de carinho, cheias de ternura. Essas são as que você deve ter cuidado redobrado. Pra pirocar uma dessas e depois ficar com uma feinha no seu pé é um pulo. Repito: cuidado. Feinhas também têm coração, sentimento, enfim, essas coisas de mulher. Não pega bem magoar o próximo. Aja com prudência, combinado?

Bom, enfim. Essa ressaca tá me matando e eu enrolei tanto só pra dizer o seguinte: coma sua feinha e invente o seu motivo.

Cheia de dedos



E essa da Cicarelli com seis dedos, hein? Nem sei se é mesmo verdade, mas se for, pena que é no pé. Imagina uma mão com seis dedinhos mexendo nas bolas do (meu) saco? Uh.

Nada como uma boa dedilhada nos grãos.

7.3.05

Dona Judite e as cuecas

Depois do episódio do absorvente, não pude mais admitir a possibilidade de ficar sem empregada. Liguei no mesmo dia para dona Judite e a chamei de volta. Acertamos que não haveria aumento coisa nenhuma e ela começaria no dia seguinte.

Antes, porém, me precavi. Passei numa loja de departamentos e comprei duas dúzias de cuecas novas, todas pretas. Troquei todo meu acervo.

Vou explicar.

Dona Judite descobriu, um algum lugar, que trabalhadores que têm atividade ou operações insalubres (ou seja, condições ou métodos de trabalho que exponham os empregados a agentes nocivos à saúde) gozam de um adicional sobre o salário, que varia de 10 a 40%, conforme artigos 189 e 192 da CLT.

Era o que bastava. A danada cismou que minhas cuecas com marca de freadas lhe davam o direito ao adicional por insalubridade.

"Salubridade, seu Jair, salubridade. Tenho direito a pelo menos 20% de aumento."

Por conta do impasse que se estabeleceu, resolvi demití-la.

Agora dona Judite está de volta.

* * *

Abro a porta do apartamento e me deparo com um fio cruzando toda a sala, indo em direção aos quartos. É uma extensão elétrica, que está ligada numa tomada 220V que fica dentro do quadro de luz. Sigo o fio casa adentro e chego ao meu quarto. Abro a porta e o encontro na penumbra.

Debruçada sobre minha cama encontro dona Judite segurando uma luz negra, examinando cueca por cueca que já fora usada. Mesmo no escuro, pude ver seu rosto demonstrando tremenda satisfação:

"Seu Jair, o senhor pensa que me engana. Tá cheio de salubridade aqui, Seu Jair!"

É ou não é uma filha da puta essa dona Judite?

A fera e a fera

Muita gente vem criticando o sapo Charles pelo casamento com a barangosa Camilla.

Gente, parem com isso. No escurinho da alcova, o que importa são o calor e a umidade.

6.3.05

Darwin reloaded

Carne nova atiça qualquer marmanjo. Vinte e três anos tem a Flávia, mesticinha meu número, habitante de Jundiaí, SP.

Dona de uma xoxota quente como eu não conhecia, confundiu uma linguada padrão Jair Beirola com "esse cara caprichou tanto que está apaixonado". Engano comum. Aí a cagada se repete: mulher com o fogo controlado e a cabeça fantasiando uma paixão faz merda. Resolveu que era hora de eu conhecer seus pais, num grande almoço de família, domingo passado.

Homem a fim de comer gostoso mais uma vez também faz merda, ou seja, aceitei o convite. E deu-se a Grande Merda.

Logo que cheguei o constrangimento foi geral. Ninguém me avisou que aquela gostosa de shortinho jeans, dobrinhas da bunda à mostra, era a mãe dela, dona da casa. Reconheço uma mulher safada a centenas de metros, mas meu radar não informa procedência, parentesco, nada disso, apenas detecta possibilidade de sexo fácil. Quando percebi a gafe, já era tarde.

Vocês realmente iam se entediar se eu contasse tudo o que aconteceu durante minha estada na casa de Flávia nesse dia. Ou iam adorar o barraco, mas como aqui não é programa do João Kleber, só dá pra citar que as cenas de ciúmes de pai e filha poderiam ter me traumatizado pra sempre, fosse eu um amador. Não dei bola pros barraqueiros e fui à luta cuidar do que é interesse do meu pau.

Só pra resumir o assunto, Dona Ângela, sua mãe, está nesse momento tomando uma ducha no banheiro aqui de casa.

O que, mais uma vez, me confirma uma velha teoria minha: se a filha faz gostoso, a mãe faz melhor.

4.3.05

Trabalhando duro nas férias

Meu primeiro dia em férias no nordeste foi marcado por uma proeza histórica: dei a cagada mais rápida do mundo.

Quarenta segundos depois de adentrar o recinto eu já lavava as mãos. Sério. Vou até consultar o Guiness pra saber se existe possibilidade de registrar o feito.

Você pode até pensar: ah, mas foi aquele serviço mal feito. Nada. Seiscentos gramas. Garanto.

Mas o mais interessante, além do tempo recorde, foi o como e o porque. Explico.

Sete e trinta da manhã, desci para tomar o café. Às oito o ônibus da operadora passaria no hotel para o city tour. Comecei a comer despreocupadamente e quando faltavam dez minutos para o embarque, me dei conta de que tinha esquecido do horário. Mais ou menos na mesma fração de segundo, uma cólica intestinal me lembrou que era hora de dar a sagrada cagada matinal.

Eu tinha duas opções. Ou ia para o passeio entupido, me contorcendo, ou subia ao apartamento e perdia o ônibus.

Um leigo aqui entraria em desespero. E são em momentos assim que os melhores se destacam dos demais. E isso, meus amigos, depende de muita experiência, disciplina e técnica. Modéstia às favas. No quesito cagada, sou um dos melhores. Me concentrei, como um atleta de alto nível faz antes de uma prova olímpica, e me preparei para o desafio.

Calmamente, a pulsação sem sofrer qualquer alteração, perguntei ao garçom onde ficava o banheiro do restaurante. A lógica era simples. Iria ao banheiro ali mesmo, não precisando subir ao apartamento. Largava algumas vigas com tranqüilidade, e três minutos depois estaria pronto para ir à portaria do hotel esperar o ônibus.

Quando cheguei ao banheiro, percebi que a brincadeira não seria fácil. Longe disso, logo me dei conta de que seria o maior desafio já enfrentado por esse experiente e ágil cagão que vos escreve.

O problema era que o banheiro ficava situado num corredor à mercê de curiosos. E isso eu percebi ainda antes de entrar no recinto. Adentrando sua porta de vidro jateado, tive a impressão de que aquele banheiro fora meticulosamente planejado para inibir qualquer atrevido que quisesse utilizá-lo para fins, digamos... bem, você sabe.

A porta do cubículo onde o vaso se encontrava ficava à vista de quem passasse no corredor, e, para horror desse atleta do cagalhão, tinha um defeito que a impedia de ficar fechada. Jogo duro. Uma brecha de uns trinta centímetros deixava à mostra a privada, expondo de maneira imoral qualquer pessoa que se utilizasse de seu confortável assento espumado.

Mas eu tinha pouco tempo para agir. Passei os olhos por todo o local, ágil e eficientemente como um detetive da polícia analisando a cena do crime.

Estudado o ambiente, era hora da ação.

Voltei para a mesa a fim de traçar o plano de batalha e em poucos segundos todo o roteiro da façanha estava pronto. Coisa de alto nível mesmo. Tinha que trabalhar rapidamente, muito mais rápido do que de costume.

Show time.

Voltei ao corredor que dava acesso ao fatídico local, dei uma olhada para trás, me certificando de que não fora seguido, e comecei a contagem.

Um, dois, três, entra no banheiro, abaixa a bermuda e a cueca junto, segura a porta de vidro com uma mão, doze, treze, quatorze, se agacha sem encostar nas bordas do assento, dá um tiro certeiro dentro d'água, outro tiro, mais um, vinte e sete, vinte e oito, pega o papel higiênico com a outra mão, segura a porta com a ponta do pé, limpa uma vez, joga o papel no vaso, pega outra porção de papel, enrola, limpa de novo, trinta e cinco, trinta e seis, confere o papel, sobe cueca-bermuda, fecha a tampa e dedo na descarga, quarenta.

Saí, lavei as mãos, conferi o cabelo rebelde no espelho, coloquei os óculos escuros de volta e fui direto para a portaria do hotel, sensação de dever cumprido.

Pocket woman

Gosto de mulheres pequenas. Mulher perfeita, na minha concepção, é mais ou menos como esses carros compactos mas bem equipados: confortável, tem de tudo e está tudo à mão.

NÃO CONFUNDIR COM ANÃ, PORRA.

Mas não basta ser pequena, tem que ter conteúdo. Já reparou que mulher pequena tem a bunda redondinha? Estamos falando da maioria, não da totalidade. E não é bunda grande, amigo, é bunda redondinha. Me amarro em bundinha redondinha.

Tem aquela que, com o passar dos anos, tudo aumenta, peito, bunda, xota, menos a estatura. É praticamente um chester. Essa leva o 10. Tem tudo o que você precisa ali, pertinho, sem precisar percorrer quilômetros entre um cuzinho e um pescocinho. Praticidade é tudo.

Aproveitando a analogia lá de cima, mulher compacta é fácil de manobrar. Na cama é joga pra lá, traz pra cá, levanta ali, encaixa aqui, tudo fácil. Você concentra suas energias no que realmente interessa.

Qualquer dia desenvolvo uma equação, usando a distância entre o clitóris e o biquinho do peito, pra provar minha teoria (compacto é mais gostoso).

Se eu não gosto de mulher grande? Porra, tá me estranhando?! Claro que gosto. Não é porque eu prefiro alcatra que vou deixar de comer uma picanha. Percebe?

Segura um link

Para quem não sabe, “comunidade” é o coletivo de pobre, mas a expressão só é usada no carnaval.

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Bom mesmo era a cobertura da Manchete do Baile da Ilha Porchat:
Rogéria (microfone em punho, aos berros) – E aí? Está gostando do baile?
Foliona (derretida de suor, cheirada até a alma, peitos dourados) – Hein??
Rogéria (gritando mais alto) – Tá gostando do baile, minha fiiiilha??
Foliona – (sorrindo para a câmera) – Ah! Eu sou de Niterói!


Brasília, eu vi

1.3.05

Massagem com final feliz

"Alô?"
"Oi, eu queria saber como funciona a casa."
"Com quem estou falando?"
"Jair"
"Jair, vou te explicar. Primeira a menina te leva para tomar um banho. Depois ela te leva para uma maca e aplica um shiatsu. Depois do shiatsu ela te leva para um tatame e aplica a massagem tailandesa. Aí no final tem um relaxamento manual."
"Ah, muito bom, obrigado."

Relaxamento manual. Caralho, TUCANARAM A PUNHETA!

Muito bom!

Pediu para que a mulher ficasse de quatro. Ela implorou: “no cu não”. Tomou um supetão no nariz. Sangrou. A Totóca latiu outra vez, em solidariedade. Cedeu. Arrebitou a bunda para Josué. Era linda, morena, lisa, empinada. Com as mãos, Lindalva afastou as nádegas e revelou o loló rosado. Ele caiu de língua. Isso ela gostava. Não demorou muito seu prazer. Em seguida Josué cuspiu na cabeça do pau, mirou-o no buraquinho e enfiou com força. Num um único golpe, até o talo.


Confissões de Kioko

Manicure

Fui atender uma ligação no celular ontem e senti um cheiro de cocô. Não era aquele cheiro forte de quando se pisa em merda e sai-se por aí carimbando a calçada, era algo mais sutil. Um cheiro leve mas decidido: era bosta, sem dúvida.

Cheirei a mão e lá estava o motivo. Debaixo do canto da unha, marotamente escondida, estava a prova orgânica da minha dedada matinal em Teresa. Se a Interpol precisasse me foder, nem precisava solicitar exame de DNA. Teresa tem um amarelo clarinho que é só dela.

É por essas e outras que sou um cara prevenido. Saquei do bolso do paletó minha escova de dentes, entrei no McDonald's mais próximo e fiz a higiene do dedo, cantinho por cantinho, bastante água e sabão.

Preciso parar com essas sacanagens na escada do prédio da empresa.